Ouve-se um piano no fundo,
a música devagar,
corre no ar,
à espera do mundo.
Ouve-se os dedos na chuva a deslizar,
acariciar as gotas,
por entre mãos rotas,
que tentam agarrar.
Ouve-se um pincel,
uma mão a pintar,
as ondas do mar,
presas num papel.
Ouve-se uma voz,
um eco mudo,
refugiado nem escudo,
tão perto e tão sós...
terça-feira, setembro 20, 2005
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2 comentários:
Deixa o pincel dançar entre os dedos e soltar as ondas do mar. Sim, este poema deu-me vontade de ser livre e deixar-me ir no ar com a música.
Não vamos prender nada, vamos deixar fluir, fluir tudo. E deixar o eco chegar até nós porque deve ter muito para dizer.
(Gostei. Muito.)
Beijinhos**
Gostei da veia poética, tem "musicalidade". Continua pincelar, tens sensibilidade.
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